domingo, 19 de fevereiro de 2012

Maitê de Maitá



Maitê era no fundo
tantas coisas
Tantas coisas tão absurdas
Maitê que cantava, Maitê que dançava

Entre as mãos de Maitê não havia somente
pele ou somente o vento
havia também uma espécie de algodão
um algodão que era doce

E Maitê sabia como fabricá-lo
apenas esfregando a palma de suas mãos
reparando no suor do sol
reparando no suor do chão

Maitê era mais que amável, nome venerável,
sabia replicar com súplicas de amor, pedindo,
quase chorando, que pelo amor de teus filhos
não chorasse por tristeza, mas sim, pela beleza

Pela beleza de si, de se sentir como Maitê
De se admirar como Maitê
De se dar como presente
Ser um alegre descontente

Maitê que era flor, Maitê que era amor
Maitê que sorria, Maitê que floria
Maitê, de tanto pranto,
Maitê de Maitá, Maitê de Maitê

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