sábado, 8 de dezembro de 2012

Thievery Corporation: A ONU sem armas no mundo da música



THIEVERY CORPORATION



Projeto criado pelos Dj's americanos Rob Garza e Eric Hilton em 1995. O Thievery Corporation é, como eles próprios se denominam, a ONU do mundo da música. Essa afirmativa se justifica pela diversidade da sonoridade do duo e pela quantidade de músicos de diferentes nacionalidades que os dj's constantemente convidam para participar de suas turnês a cada novo álbum lançado.
O som criado pelo grupo varia do lounge music da virada dos anos 90 para os anos 00, o DUB jamaicano, passa pela música árabe, bossa nova, música latina e conta com a participação rotativa de diversos instrumentistas que em certos momentos dos shows ao vivo da banda chegam a somar aproximadamente 22 à 24 músicos no palco, tocando diversos instrumentos como tamborins, cítara, cajon, trompetes, marimba entre outros. Já tiveram como vocalistas convidados em suas faixas os brasileiros Seu Jorge, a cantora Bebel Gilberto e a lindíssima Karina Zaviani. De outras nacionalidades também já fizeram parte nos vocais Perry Farrell, David Byrne, o grupo The Flaming Lips além dos MC's jamaicanos Roots and Zee e também Frank Orrai.
Assim, pode se dizer que a ONU foi fundada em 1945 com o objetivo de facilitar a cooperação em matéria de segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos, e tudo isso por meio da paz, sem armas, o que hoje se mostra uma grande falácia, e sessenta anos depois surge então uma nova organização, a Thievery Corporation, que por meio da música, e sem armas e bombas, reúne diversos artistas, de diversas partes do mundo para cantar e tocar canções de diversos ritmos, de diversas culturas, com letras que têm o intuito de disseminar de fato, esse espírito humanitário e solidário tão desejado ao longo do tempo de nossa história, assim como diz o refrão da letra da música Radio Retaliation: Woah now, retaliation/We a go wake up the nation/Radio retaliation,/It's such a different corporation/We taking over your station and/We a go change the vibration...


1. A primeira música

HEAVEN'S GONNA BURN YOUR EYES




2. Uma das músicas favoritas

UNTIL THE MORNING




3. Uma música que todo mundo conhece

ALL THAT WE PERCEIVE



4. O melhor clipe

IS IT OVER?




5. Uma música para unir os povos

EL PUEBLO UNIDO




6. Uma música contra a ganância

THE NUMBERS GAME




7. Uma música com ritmo árabe

MANDALA



8. Uma música com ritmo latino

AMBICION ETERNA




9. Uma música ao ritmo DUB

AMERIMACKA



10. Uma música ao ritmo brasileiro

SÓ COM VOCÊ




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um Poema de Areia



 A uns quinhentos metros à minha direita havia um edifício alto, cujo nome nunca soube. A água cinza arrastava grandes pedaços de gelo. Inevitavelmente, o rio fez com que eu pensasse no tempo...
O Outro, de Jorge Luiz Borges




Não escrevi, meu propósito era esquecê-lo.
Ou não escrevi pois talvez o fosse só para mim,
um conto de areia.
Mas para acentuar as ênfases
o transformei em palavras.

Para acentuar as ênfases
as coloquei em garrafas para o mundo
e as deixei abertas, tortas em linhas
desalinhadas. Não sei.
Deixei que o mar as levassem
para traze-las molhadas para que

depois de um tempo voltassem secas e maduras,
com frutas, ramos, galhos e raízes.
Enfim, transformadas em árvores completas
(as palavras também precisam de tempo para amadurecer).

Pois, para acentuar as ênfases
depois de um tempo se vestem
de prata, se vestem de rio
se vestem de amor, se vestem de riso
se vertem em sangue, se seguem
umas as outras de adjetivos
para decorar o mundo de sol, de lua
de flor, de dor, de começo, de fim
de corpo de homem e de corpo de mulher
se reconhendo em palavras de vida

pois conhecer é reconhecer,
disse algum dia um Platão
de nosso ou de outro século.
E aprender é recordar
disse algum F. Bacon
de nosso ou de outro século.
E essas são as palavras de árvores
que não deveriam ser esquecidas,
pois ignorar é de fato ter esquecido

poŕem há outras primeiras vezes que ninguém jamais esquece...

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fim?



Se quantificasse as palavras em metros
e as tentasse alcançar com esforço
se perderiam o sentido das frases
ao alcançá-las.

E se a medida destas, apenas não fossem medidas
fossem apenas somadas, de uma forma
tão pouca e desajeitada dentro
de tudo

Por pouco não seriam julgadas, certas, ou erradas
pois na distância que há entre o teu
e o meu olhar, não se notam
nem apenas sílabas

Com ou sem acento ou vírgula que pare
para respirar, repousar, e voltar
no meio de um parágrafo
quase inteiro

Que incompleto termina em reticências
numa história imperfeita
incompleta e suspensa...
fim?

...

domingo, 1 de julho de 2012

Laços de uma Vida Inteira



Tudo que se via era que as partes solúveis não se diluíam, mas ainda sim, tudo se esparramava pelo chão: todos os seus pensamentos pobres, inférteis e descartáveis. As manobras mirabolantes de juntar os pensamentos não se concretizavam, tudo andava na contramão da via indireta do sonho na estrada, que se fazia por si só, sem ao menos ter uma direção correta, um meio, um início ou um fim.
Apenas de alguma distância segura se percebe que se não nos seguramos no ato, é porque na falha da ação o ato se desatou em nó, e o nó se acalmou em choro e perdeu a força de ser ele mesmo, pois ao invés de juntar, separou, ao invés de atar, desatou: um, dois, três laços de uma vida inteira.

sábado, 23 de junho de 2012

Duas Cores



Lá se ia com o pensamento em pedras cegas,
envolta numa colcha de retalhos
de apenas duas cores
a moça de volta a cabana.

Pelo caminho procurava pela luz da lua
e pelo som das folhas de oliveira,
mas mal sabia que naquela noite
elas queriam se esconder

de uma certa nostalgia,
de uma certa loucura,
de uma certa luz que incomodava
pois a luz que brilhava, brilhava para trás

iluminando tudo o que já se tinha ido...
e até que pensando nas pedras cegas novamente
tropeçou na colcha de retalhos
que cobria o seu corpo frio,

percebendo que ao encontrar a luz que ia para trás
a sua colcha não tinha só duas cores,
tinha forma de cores,
tinha jeito de cores,

tinha cores em cores
e flores nas flores
e que na luz tinha vida
e que na falta dela também,

e que se por muito não brilhavam
por tão pouco sombreavam
aqui e ali,
um pouco de tinta e tecido

naquelas pedras cegas
naquelas pedras mudas
naquelas pedras caladas
naquelas pedras perdidas

e que nas perdidas pedras
pouco coloridas
pisadas e colocadas
bem no meio da vida

alí, caída, ela não podia ficar dividida
entre duas cores, tão pouco entre dois amores
até que então, decidida, depois de erguida
resolveu se pintar de uma cor só

acabando com o tormentos da vida.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ares de Modernidade


Aquele ar de modernidade
tão recente quanto o próprio
ser que se apega ao passado
e gira girando no quadrado.

E ser quadrado numa época
em que respira ares de modernidade
tão só se faz inadequado
quanto a paz se faz desnecessária

Pois a cada afago, falso,
ou verdadeiro, a cada abraço
frouxo ou apertado e derradeiro
é quase como comparar um cão a um cordeiro

Que se colocam disparidades
em sua frente, visíveis, claro,
mas que em tempos de ares modernos
são apenas trejeitos, pequenos e modestos

Um ar moderno, de respiração
longa e precavida, sempre desconfiada
aliás, porque não ressentida
de poder respirar mais, mais e mais modernidade

Pois tudo o que ainda se vislumbra hoje,
não é nem o começo do que será visto amanhã
isso é, se tivermos ainda o que ver daqui alguns anos,
pois o que se pronuncia

Que é o que não está escrito
em nenhum livro sagrado
e que ninguém até hoje jamais escreveu
é que o ar é rarefeito

Raro efeito de uma força consubstancial,
uma mera circunstância da dinâmica
improvável de provar sempre o contrário:
que a modernidade acabou!

Pois quando fechamos e abrimos os olhos
já somos e estamos tão antiquados
quanto os homens de séculos
tão anteriores quanto o nosso!

E assim o ar se desfez
e de novo o homem volta ao pó.

Assim se fez escrito.

domingo, 15 de abril de 2012

Cabeça Imaginária (ou Abra-te)



A cabeça imaginária
estava com um pensamento imaginário
de pensar que demais
a menos tinha um grande tormento.

E se eu fosse essa cabeça
que se sente acuada
quanto mais que pensava
quanto menos lamentava

Por ter a sensação,
e isso, por livre assossiação,
que de um jeito ou de outro
com ou sem vapor d'água

A leveza que em si sustentava
pairava no ar, quanto pairava no chão
e fugia da sorte
metendo em sua própria cabeça
o cérebro! Abra-te!

domingo, 25 de março de 2012

A Costura e a Camisa



Com a camisa rasgada nas mãos
ia costurando as amarguras da vida.
Pegou a agulha do chão
e resolveu consertar tudo!

Começar pelo avesso, por dentro:
vestiu a camisa avessa ao corpo
e o corpo desnudo avesso a camisa,
e no final das contas percebeu que não tinha consertado nada!

Quando reparou em tentar de novo
percebeu que tinha deixado a agulha dentro da alma...

sexta-feira, 16 de março de 2012

9 Bandas (parte 9)



 THE VERVE



Vindo do início dos anos 90, em meio a onda "britpop" protagonizada pelas bandas OASIS e BLUR, injustificadamente o brilho do THE VERVE ficou ofuscado em meio ao embate midiático referente as duas bandas já citadas, pois em minha opinião, musicalmente falando, tanto as letras, quando a virtuose das guitarras superam em muito OASIS e BLUR, atingindo uma profundidade existencial que só o THE VERVE consegue alcançar, como por exemplo na letra de uma de suas melhores e mais conhecidas músicas: BITTER SWEET SYMPHONY (acusada de plágio por MICK JAGGER, diga-se de passagem): I am here in my mold / But I'm a million different people / from one day to the next / I can't change my mold, e na força das guitarras da música ROLLING PEOPLE, do álbum URBAN HYMNS (1997).
Vale destacar também a forma como Richard Ashcroft, o vocalista da banda, interpreta as canções ao vivo, sempre de forma muita intensa, de maneira quase catártica, potencializando ainda mais o sentido existencial incutidos nas letras das músicas da banda.
Com quatro álbuns de estúdio o THE VERVE conseguiu deixar a sua marca registrada no mundo do rock, e entre términos, voltas e términos da banda novamente, fica a mensagem da música A NEW DECADE, do álbum A NORTERN SOUL (1995): A new decade / The radio plays the sounds we made / And everything seems to feel just right / Coming through your lonely mind.


1. A primeira música


BITTER SWEET SYMPHONY





2. Uma das músicas favoritas

LIFE'S AN OCEAN






3. Uma música que todo conhece

LUCKY MAN






4. O melhor clip

LOVE IS NOISE





5. Uma música para agitar o estádio

THIS IS MUSIC






6. Uma música para um momento depressivo


FEEL





7. Uma música para um momento de redenção (depois da depressão)

RATHER BE





8. Uma música para caminhar e se sentir perdido


6 O'CLOCK





9. Uma música pessimista


ON YOUR OWN






10. Um ótimo b'side

MONTE CARLO

segunda-feira, 12 de março de 2012

A Bíblia Sagrada de Salastrapião - Fragmentos



E Melkibelec ao ver as mãos de Babaquil junto aos seios de Lorian dignou-se a dignar-se de ser indigno de lançar os olhos a mulher escolhida pelo senhor de Babaquil dizendo: "Belos seios tem Lorian". Alquizebeu 6:3


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Aquimeudeus disse para Aliteudeus: Onde está seu Deus? Até que a voz imponente de Salastrapião surge entre as nuvens por meio de uma pomba branca e diz: Ai meu Deus! Salastrapião 11:21


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Aquele que vier até mim tomará da árvore de Trosglosfael. E aquele que for até ele chegará caminhando pelo caminhos dos justos: - E eis que chega a hora Trosglosfael, descei voando sem asas e caminhe sobre uma perna só, pois aqueles que possuem apenas uma perna, apenas uma perna só possuem. Salastrapião 15:4


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sexta-feira, 9 de março de 2012

A Criatura Existente


A criatura existente
se viu de repente
caída no chão
cuspindo

A sua vida inocente
jogada na lama
caída na cama
morta

A sua porta sem batente
a casa mambembe
quase voando
fraca

A criatura existente
se viu descontente
sangue no dente
seco

A criatura tão crente
em Moisés sorridente
arros e feijão
fome...

A criatura tão pobre
com frio e sem nome
existe e se esconde
onde?

A criatura tão viva
se acha e se perde
e se perde não ganha
tenta

Ser apenas uma criatura
pequenina e nua
tão sã e tão pura
na rua

A criatura criada
centeio de prata
sem ter tesouro algum
fim

quinta-feira, 8 de março de 2012

Síndrome do Pôr do Sol

Três pessoas em um barco:
pai, mãe e filha
se viam isolados no meio do oceano
fazia frio, era uma tarde nublada

A síndrome do pôr do sol estava prester a se iniciar
e de chofre o olhar dos três se encontram,
havia tempos que isso não acontecia,
mesmo ali, presos, tão próximos

Seus olhos não se miravam e também
há dias estavam com sede e cada um
ao seu modo, procurava resgatar o amor
que secava debaixo do sol ardente

Porém a água não havia secado
estavam todos cercados por ela,
de água salgada, de água azul,
água abundante, a água que se estendia até o infinito

Mas que tanto faltava dentro do barco
e que para matar a sede da filha, o pai
com dó resolve lhe lançar ao mar
antes que ela mesma pudesse dizer: Pai, eu te amo

E que em seguida cai em prantos
trazendo a água de volta ao lar
vendo nos olhos da mãe a expressão
de alívio, como se quisesse efetuar o mesmo havia dias...

Até que ela mesma também resolve se lançar
assim, de repente, sem nem lhe dar
a oportunidade de dizer:
Não, eu nunca te amei! deixando-o só...

E assim, como naquela tarde o sol ia se pondo
mãe e filha também se puseram ao mar
e seus fantamas iam deslizando sobre a superfície do oceano
o pai, amuado só ia com olhar acompanhando

Como se não tivesse mais nada a perder
pois tudo que possuía ali naquela tarde já tivera se perdido...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Maitê de Maitá



Maitê era no fundo
tantas coisas
Tantas coisas tão absurdas
Maitê que cantava, Maitê que dançava

Entre as mãos de Maitê não havia somente
pele ou somente o vento
havia também uma espécie de algodão
um algodão que era doce

E Maitê sabia como fabricá-lo
apenas esfregando a palma de suas mãos
reparando no suor do sol
reparando no suor do chão

Maitê era mais que amável, nome venerável,
sabia replicar com súplicas de amor, pedindo,
quase chorando, que pelo amor de teus filhos
não chorasse por tristeza, mas sim, pela beleza

Pela beleza de si, de se sentir como Maitê
De se admirar como Maitê
De se dar como presente
Ser um alegre descontente

Maitê que era flor, Maitê que era amor
Maitê que sorria, Maitê que floria
Maitê, de tanto pranto,
Maitê de Maitá, Maitê de Maitê

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

9 Bandas (parte 8)




BELLE & SEBASTIAN



O nome da banda, retirada de um conto infantil francês logo sugere pensamentos implícitos de momentos calmos e tranquilhos, de passeios com o namorado/a numa tarde tranquilha de sol, ou quem sabe com os amigos, tomando alguma bebida e jogando conversa fora sem pretenção alguma, deixando a vida apenas acontecer.
O som leve da banda, com letras inteligentíssimas e extremamente irreverentes começou a fazer sucesso a partir de 1996, com o lançamento do álbum TIGERMILK, trazendo ótimas canções como a música THE STATE I AM IN, que conta a história de um garoto que no dia do casamento de sua irmã, narra como foi a reação dela ao ver que um dos seus outros irmãos decide confessar que é gay no meio da festa...
A primeira canção que ouvi da banda foi a música THE BOY WITH THE ARAB STRAP, do álbum de mesmo nome, lançado em 1998, ainda hoje recordo a sensação de como foi me imaginar dentro da história que a letra da música narra: a história de um rapaz preso dentro de si mesmo e que não gostava de estar ali, e que quando tomava a iniciativa pra sair "acabava sempre perdendo o ônibus".
Por essas e outras histórias presentes nas letras de suas músicas, escutar as composições dessa banda e não prestar atenção nas letras chega a ser um imenso pecado...



1. A primeira música

THE BOY WITH THE ARAB STRAP





2. Uma das músicas favoritas

ELECTRONIC RENAISSANCE





3. Uma música que todo mundo conhece

I'M A CUCKOO




4. O melhor clip

JONATHAN DAVID




5. Uma música bem humorada

STEP INTO MY OFFICE, BABY





6. Uma música para uma tarde ensolarada com o namorado/a ou amigos

MAYFLY




7. Uma música para dormir

FICTION





8. Uma música sobre uma situação cotidiana (inusitada)

SEEING OTHER PEOPLE




9. Um ótimo b'side


SHOOT THE SEXUAL ATHLETE





10. Uma música que faz parte da trilha sonora de alguma série ou filme

EXPECTATIONS (faz parte da trilha sonora do filme JUNO)



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

9 Bandas (parte 7)




SONIC YOUTH




A banda de rock alternativo mais alternativa. A banda de rock alternativo que praticamente quebrou os paradigmas das formas/maneiras de como distorcer e afinar guitarras. A banda de rock alternativo que foi uma das maiores referências para a maior banda do movimento grunge surgida no início dos anos 90, o Nirvana.
Desde 1981, sempre tocando nos palcos com muita energia, os vocais da banda  são divididos entre o guitarrista Thurston Moore e a baixista Kim Gordon, que com o restante da banda criam um som caracterizado por uma mistura de punk, pós-punk e algumas canções que lembram algo como o hardcore. O álbum que é considerado o principal da banda, que fez com que ela fincasse os pés dentro do quadro das maiores bandas do rock americano foi o álbum GOO (1990), que, tanto pela sua capa, quanto pela sonoridade, um pouco mais limpa e acessível ao público em geral, comparado com as guitarras com distorções mais "sujas" dos álbuns anteriores, conseguiram criar um álbum com um ar mais "pop", porém sem perder a força das distorções potentes das guitarras, que são a marca registrada do grupo, criando clássicos como por exemplo a música KOOL THING.
Vale ressaltar também, que algo interessante nas músicas da banda são por vezes as letras das músicas, que na voz da baixista Kim Gordom trazem uma insinuação de abuso/desejo sexual reprimido, como por exemplo nas letras e vozes das músicas SECRET GIRL, do álbum EVOL (1986) e BEAUTY LIES IN THE EYES, do álbum SISTER (1987).
Seu último álbum lançado foi THE ETERNAL (2009), trazendo ótimas canções como ANTENNA e MALIBU GAS STATION, mantendo-se fiel ao som que os consagraram dentro do cenário do rock alternativo mundial.



1. A primeira música



BULL IN THE HEATHER




2. Uma das músicas favoritas


PURR




3. Uma música que todo mundo conhece

KOOL THING





4. O melhor clip

SUNDAY




5. Uma música para um momento de fúria


MILDRED PIERCE




6. Uma música para um momento depressivo

SWEET SHINE




7. Uma música para um desejo reprimido

SHADOW OF A DOUBT





8.Uma música para criticar a política e sociedade


ANTI-ORGASM





9. Uma música para começar uma confusão



YOUTH AGAINST FASCISM




10. Uma música que faz parte da trilha sonora de alguma série ou filme


SUPERSTAR
(faz parte da trilha sonora do filme JUNO)

domingo, 15 de janeiro de 2012

Presente de uma amiga: Le Pierrot



Presente de uma amiga:
Le Pierrot!
Que retirado de seu aposento usual 
Veio me fazer um convite:


Uma viagem pelo meu próprio quintal, engraçado,
como se eu próprio não conhecesse onde coloco os próprios pés...
Mas como eu já era sabido que lhe era inerente fazer piadas
imaginei que seu convite só podia ser uma de suas pilherias.

Mas não! Dada a tal convicção com que fui chamado
para essa pequena aventura pelas folhagens verdes
e pelas algumas entranhas já esquecidas
da minha atual infância só lhe pude responder: Sim! Eu vou!


Sem a mínima exitação eu disse: Vamos eu e você!
Viajar pelo varal, se sentar em cima do relógio,
tomar banho de chuva, se jogar do telhado de casa 
e cair na areia fofa do terreno molhado pela garoa fina

Pois se é essa o tipo de pilheria que nos foi concedido
pela vida por que nos negarmos a esse regalo?
Assim partiremos para a  nossa viagem hoje,
não podemos mais nos demorar!

Primeiro destino: O Varal! 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nas Contas do Ribeirão



Nas contas daquele Ribeirão
onde tal rio se curvava
durante anos e anos
iam-se lembranças que retornavam de sempre em sempre

E os anos se passavam como rodeios de meias voltas,
encontros de meias vidas
lavados pelas águas
e depois secadas ao Sol

quando à beira do Ribeirão
pairava a maresia das águas
que se acalmavam e em seguida a vida
podia respirar numa conversa boa e tranquilha...

Nas contas do Ribeirão
não se contava nada, tudo era antigo
e tudo era novo, marasmo causado
pela proeza das curvas que se tornavam caminhos incertos:

Escadilhos, tripés, tons
e semitons que de chofre surgiam
em meio ao zunido da alfarrada
de lampejos e clarões

E em seguida, novamente a calmaria,
como tudo que se finda e começa novamente
pois as águas que por ali corriam nunca se soube
se corriam para frente ou para trás...

Pois nas contas daquele Ribeirão
não se contava nada,
absolutamente nada.




segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Homem Frágil



O ápice da modernidade:
O Homem Frágil!
Avesso aos esteriótipos,
somente entregue as conformidadades.

Um tipo de homem
com atitudes rarefeitas
movimentos compostos
por tempos mortos.

Um homem que é tão avesso aos esteriótipos
que evita até respirar.
Recria uma postura estética:
A postura do Homem do Homem Moderno!


Um tipo de homem
com atitudes econômicas
movimentos formais,
mas ainda insistindo em dizer que é um poeta livre.

Ah! Entre a modernidade e a fragilidade
diz-se que foi inventado uma
nova forma de se produzir sentidos, pois sim:
agora todos eles são comprados em qualquer supermercado.

Comprar, mas com economia,
pois também não podemos comprar muito,
(ao menos aquilo que for essencial)
deve-se deixar nas prateleiras um pouco

um pouco de sensações de prazer,
um pouco de ar pra respirar,
um pouco de dignidade,
um pouco.

Um pouco do que resta da personalidade
desse Homem Moderno!
Que se pode comprar e vender,
e ser e se tornar assim tão frágil.

O Homem Frágil!