Três pessoas em um barco:
pai, mãe e filha
se viam isolados no meio do oceano
fazia frio, era uma tarde nublada
A síndrome do pôr do sol estava prester a se iniciar
e de chofre o olhar dos três se encontram,
havia tempos que isso não acontecia,
mesmo ali, presos, tão próximos
Seus olhos não se miravam e também
há dias estavam com sede e cada um
ao seu modo, procurava resgatar o amor
que secava debaixo do sol ardente
Porém a água não havia secado
estavam todos cercados por ela,
de água salgada, de água azul,
água abundante, a água que se estendia até o infinito
Mas que tanto faltava dentro do barco
e que para matar a sede da filha, o pai
com dó resolve lhe lançar ao mar
antes que ela mesma pudesse dizer: Pai, eu te amo
E que em seguida cai em prantos
trazendo a água de volta ao lar
vendo nos olhos da mãe a expressão
de alívio, como se quisesse efetuar o mesmo havia dias...
Até que ela mesma também resolve se lançar
assim, de repente, sem nem lhe dar
a oportunidade de dizer:
Não, eu nunca te amei! deixando-o só...
E assim, como naquela tarde o sol ia se pondo
mãe e filha também se puseram ao mar
e seus fantamas iam deslizando sobre a superfície do oceano
o pai, amuado só ia com olhar acompanhando
Como se não tivesse mais nada a perder
pois tudo que possuía ali naquela tarde já tivera se perdido...
bom
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Excluirobrigado
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