quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ilha de Edição das Minhas Memórias (Não) Vividas ou O Gado

Quando criança adorava acompanhar
o gado
No caminho sempre me distraía
com algo

Fosse o gramado, fosse o céu
o nada
Como se fosse um peregrino, menino
sem fala

O corpo para frente, o pensamento
lá atrás
Duas partes tentando se encaixar
ir ou ficar?

Um caminho que sobe, outro
que desce
Ia virando à direita, pouco
indeciso

Caia num barranco lá na frente
e sumia
E aquele gado não cansava de
se cansar...

Quando criança também adorava acompanhar
o barco
No caminho sempre me perdia
em falso

Nas noites em que a lua queria me levar
ao céu
Pena, pois a todos os convites eu disse
não

Pena, perdi o gado e a imensidão...

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