Quando criança adorava acompanhar
o gado
No caminho sempre me distraía
com algo
Fosse o gramado, fosse o céu
o nada
Como se fosse um peregrino, menino
sem fala
O corpo para frente, o pensamento
lá atrás
Duas partes tentando se encaixar
ir ou ficar?
Um caminho que sobe, outro
que desce
Ia virando à direita, pouco
indeciso
Caia num barranco lá na frente
e sumia
E aquele gado não cansava de
se cansar...
Quando criança também adorava acompanhar
o barco
No caminho sempre me perdia
em falso
Nas noites em que a lua queria me levar
ao céu
Pena, pois a todos os convites eu disse
não
Pena, perdi o gado e a imensidão...
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