terça-feira, 1 de novembro de 2011

Remanso

Sobre mim entre tantos
Nascedouro de encantos
Água rasa sem remanso
Numa poça acalanto

Num bordel, tantos cantos
Padeceram tantos sonhos
Maquiados, sem descanso
Um aperto de um estranho

Sobre a chuva, céu risonho
Sobre a terra, sem tamanho
Quero um dia, quero ter
Quero nada, quero banho

Sobre mim, entretanto
Que padeço, sem tamanho
Na estrada compareço
Me aqueço, me aqueço

Oh meu filho, me esqueço
De uma vela, quem diria
Se um dia você rezasse perto dela
Eu só peço, eu só peço

Apareça sobre mim
Que careço sem tamanho
E na estrada compadeço
Água rasa sem remanso

Nenhum comentário:

Postar um comentário